O FARRISTA

Quando o almirante Cabral

Pôs as patas no Brasil

O anjo da guarda dos índios

Estava passeando em Paris.

Quando ele voltou da viagem

O holandês já está aqui.

O anjo respira alegre:

"Não faz mal, isto é boa gente,

Vou arejar outra vez."

O anjo transpôs a barra,

Diz adeus a Pernambuco,

Faz barulho, vuco-vuco,

Tal e qual o zepelim

Mas deu um vento no anjo,

Ele perdeu a memória...

E não voltou nunca mais.

MENDES, Murilo. História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1991. p. 12.

Previous Next