Questões de 161 a 200

Gabarito

161. (FUVEST-SP) O texto reproduz uma cena de convívio familiar, onde se evidencia:

  1. a indiferença do Miguilim.

  2. o remorso do Dito.

  3. a docilidade do Papaco-o-Paco.

  4. a preguiça da Rosa

  5. a insensibilidade do autor.

162. (FUVEST-SP) O pensamento expresso na frase "Mas o papagaio tinha de aprender o falar o nome do Dito!" deve ser atribuído a:

  1. Rosa.

  2. Dito.

  3. Papaco-o-Paco.

  4. Miguilim.

  5. uma personagem não nomeada.

163. (VUNESP)

"E estas três partes correspondem ainda ao movimento rítmico da sonata: um alegro inicial que é a zanga destabocada de mestre José Amaro, um andante central que é o mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia de interioridade não dita, e finalmente o presto brilhante e genial do Capitão Vitorino Carneiro da Cunha."

O trecho faz parte de uma apreciação crítica feita por Mário de Andrade a respeito de um romance de autor nordestino. O romance e autor analisados são:

  1. Fogo morto e José Lins do Rego

  2. São Bernardo e Graciliano Ramos

  3. A bagaceira e José Américo de Almeida.

  4. Vidas secas e Graciliano Ramos.

  5. Usina e José Lins do Rego.

164. (F.C. Chagas-SP) Em 1928, a publicação de uma obra de José Américo de Almeida abre caminhos para o romance regionalista, que o Modernismo iria desenvolver largamente. Trata-se de:

  1. A bagaceira.

  2. Luzia-homem.

  3. Porto Calendário.

  4. Cangaceiros.

  5. Caetés

165. (F.C. Chagas-SP) O narrador, que também é personagem, conta sua história: foi trabalhador braçal da fazenda de que se tornou proprietário, por meios lícitos e ilícitos. Casou-se porque "sentia desejo de preparar um herdeiro para as terras". No final, reconheceu que "estragara" sua vida e a de seus dependentes, por força da "profissão" que adotara. Esses dados identificam:

  1. Fabiano.

  2. Brás Cubas.

  3. Coronel José Paulino.

  4. Paulo Honório.

  5. Bentinho.

166. (FUVEST-SP) Assinale a seqüência de romances em que têm relevo, respectivamente, os seguintes temas: ciúme doentio – colonização do Brasil – problemas de um adolescente.

  1. A Moreninha – Ubirajara – Angústia

  2. fogo Morto - Chapadão do Bugre – Vidas secas

  3. São Bernardo – O guarani – Doidinho

  4. O cortiço – O Ateneu – Quincas Borba

  5. Casa de pensão – Terras do sem-fim – Senhora

167. (UNIFOR-CE)

"É perfeita a adequação da técnica literária à realidade expressa. Fabiano, sua mulher, seus filhos rodam num âmbito exíguo, sem saída nem variedade. Daí a construção por fragmentos, quadros quase destacados, onde os fatos se arranjam sem se integrarem, sugerindo um mundo que não se compreende, e se capta apenas por manifestações isoladas."

O texto acima analisa a relação entre a estrutura narrativa e o tema tratado em:

  1. Vidas secas, Graciliano Ramos.

  2. Sagarana, Guimarães Rosa.

  3. Laços de família, Clarice Lispector.

  4. Menino de engenho, José Lins do Rego.

  5. A vida real, Fernando Sabino.

168. (PUC-RS) Na obra de José Lins do Rego, o memorialismo da infância e da adolescência é apresentado numa linguagem de:

  1. forte e poética oralidade.

  2. límpida e perfeita correção gramatical.

  3. pesada e imitativa fala regional.

  4. fiel e disciplinada sintaxe tradicional.

  5. original e reinventada expressão prosaica.

169. (UFPA) As obras Memórias sentimentais de João Miramar, Memorial de Aires, memórias do cárcere foram escritas, respectivamente, por:

  1. Oswald de Andrade, Machado de Assis, Graciliano Ramos.

  2. Mário de Andrade, Machado de Assis, Graciliano Ramos.

  3. Jorge Amado, Mário de Andrade, Machado de Assis.

  4. Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, Jorge Amado.

  5. Oswald de Andrade, Mário de Andrade, José Lins do Rego.

170. (FEMP-PA) Foi com ....., de ....., que se iniciou o ..... da ficção modernista, abrindo assim uma nova fase da nossa história literária.

  1. Fogo morto; José Lins do Rego; 2o momento.

  2. A bagaceira; José Américo de Almeida; 2o momento.

  3. O rei da vela; Oswald de Andrade; 1o momento.

  4. Corpo de baile; Guimarães Rosa; 3o momento.

  5. Gabriela, cravo e canela; Jorge Amado; 3o momento.

171. (FEMP-PA) Quanto a aspectos da atividade literária de José Lins do Rego e Jorge Amado:

  1. Destacaram-se como contadores de histórias, em que o homem simples do Nordeste, com seus defeitos e virtudes, é personagem constante em seus romances.

  2. Tornou-se marcante a presença da infância e da adolescência em seus romances – daí o caráter memorialista que suas obras de maior destaque tiveram.

  3. Destacaram-se também na arte de fazer o verso – especialmente o soneto.

  4. Foram combatidos, por determinados setores da crítica, pela utilização, em inúmeras passagens de seus romances, de uma linguagem marcadamente coloquial.

  5. Evitaram, sempre que possível, ao longo da atividade literária, a abordagem de questões de ordem social e política.

  6. I, II, V

  7. II, IV, V

  8. III, IV, V

  9. II, III

  10. I, IV

172. (FMU-SP) Dentro da temática regionalista brasileira que focaliza o ciclo econômico da cana-de-açúcar, destaca-se a obra-prima:

  1. O coronel e o lobisomem, de José Candido de Carvalho.

  2. Fogo morto, de José Lins do Rego.

  3. Vidas secas, de Graciliano Ramos.

  4. Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector.

  5. Terras do sem-fim, de Jorge Amado.

173. (F. C. CHAGAS-SP) O romance regionalista nordestino que surge e se desenvolve a partir de 1930, aproximadamente, pode ser chamado "neo-realista". Isso se deve a que esse romance:

  1. retoma o filão da temática regionalista, descoberto e explorado inicialmente pelos realistas do século XIX.

  2. apresenta, através do discurso narrativo, uma visão realista e crítica das relações entre as classes que estruturam a sociedade do Nordeste.

  3. tenta explicar o comportamento do homem nordestino, com base numa postura estritamente científica, pelos fatores raça, meio e momento.

  4. abandona todos os pressupostos teóricos do Realismo do século passado, buscando as causas do comportamento humano mais no individual que no social.

  5. procura fazer do romance a anotação fiel e minuciosa da nova realidade urbana do Nordeste.

174. (UnB-DF) Assinale a afirmativa incorreta.

  1. O movimento modernista brasileiro tem a Semana de Arte Moderna como marco cronológico.

  2. A literatura regionalista surgiu com o Modernismo.

  3. A primeira fase do nosso Modernismo caracterizou-se por um aspecto demolidor e combativo.

  4. Um dos objetivos do Modernismo brasileiro foi a formação da consciência criadora nacional.

175. (PUC-RS)

"Pode deixar o menino sem cuidado. Aqui eles se endireitam, saem gente, dizia um valho alto e magro para o meu tio Juca, que me levara para o colégio de Itabaiana."

Assim começa....., de José Lins do Rego, narrado pelo personagem Carlos, romance que se passa praticamente num internato.

  1. Menino de engenho

  2. O moleque Ricardo

  3. Pureza

  4. Doidinho

  5. Eurídice

(AEUDF) Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões 176 a 178.

"Entre os sonhos de um futuro melhor para filhas, genros e netos, e a lembrança daquele passado esplendoroso, vive Don'Ana Badaró. Onde está aquela morena tímida de antigamente, tímida ante os olhos namorados de João Magalhães, afoita e decidida, no entanto, como o mais corajoso dos homens, num momento de barulho, de luta e sangue? Trinta anos tinham rolado sobre ela e hoje seu cabelo embranqueceu, seus olhos tão belos murcharam, suas carnes duras amoleceram. Trinta anos de vida pobre quebram uma pessoa. Em Don'Ana, porém, residia um orgulho que a sustentava por dentro, que impedia o ruir dos seus sonhos juntamente com o envelhecimento do seu corpo. Numa arca que jamais era aberta estavam as lembranças mais queridas dos tempos da fortuna dos Badarós. O seu véu de noiva, a Bíblia que Sinhô fazia ler antes de iniciar qualquer empresa, dois revólveres: um que Teodoro das Baraúnas oferecera a João no dia do casamento e um de Juca, o tio inesquecível, 'o mais galante e perfeito conquistador de terras, que atravessara sobre cadáveres para plantar cacau'. Quem escrevera isso/ Don'Ana conservara também o recorte do jornal. Um moço que anda remexendo nos acontecimentos de há trinta nos escrevera umas crônicas para os jornais e de Juca dissera aquilo. Don'Ana juntara o recorte às relíquias que a arca escondia num recanto orgulhoso, que era quebrado, entretanto, pelos ABCs que os cegos cantavam nas feiras, recordando os barulhos do Sequeiro Grande. Às vezes, quando Don'Ana aparecia numa feira de Itabuna ou Pirangi, ouvia o violeiro esmoler cantando sua história de espantar para os curiosos recém-chegados às terras do cacau. Dentro dela havia então um choque de sentimentos, uma vontade de chegar perto, de se embeber no relato das valentias do seu pai e do seu tio (ela mesma figurava num ABC), uma vontade de fugir para longe, envergonhada da sua pobreza atual. A voz do cego, esganiçada e no entanto perfeita para aquele canto primitivo e simples, levava ao conhecimento de todos as ferozes lutas dos Badarós e Horácio. Não tardava que alguém a reconhecesse e a apontasse às escondidas para os demais.

– Aquela é Don'Ana Badaró. A filha de Sinhô...

– Diz que atirava que nem homem...

E ela fugia numa súbita revolta contra aquela gente que levantava seus mortos, que os fazia de tolos. Mas era pouco duradouro aquele sentimento. Em verdade ela gostava que o pai e o tio, ela mesma também, andassem na boca dos cegos violeiros nas estradas do cacau e nas estradas do sertão."

(Jorge Amado, São Jorge dos Ilhéus)

176. (AEUDF) De acordo com o texto, assinale a afirmativa correta.

  1. Don'Ana fugia da fama que envolvia seu nome.

  2. Envergonhada de sua atual condição de pobreza, Don'Ana fugia para o Sequeiro Grande.

  3. Don'Ana era uma mulher sem passado.

  4. Agradava a Don'Ana a fama que marcava a si e aos seus.

  5. Só o futuro da família importava a Don'Ana.

177. (AEUDF) Com base no texto, assinale a afirmativa incorreta.

  1. O personagem principal nos é apresentado no presente da narração.

  2. Os traços marcantes da personalidade do personagem principal são apresentados no passado da narração.

  3. Nosso primeiro contato com o personagem principal é no passado da narração.

  4. Passado e presente se fundem na psique do personagem.

  5. Através da lembrança, todo um passado é restaurado e eternizado.

178. (AEUDF) Todas as seguintes afirmativas são corretas, exceto:

  1. O autor tira efeito da oposição entre elementos concretos e abstratos.

  2. Ao plano abstrato pertencem as características positivas da vida do personagem.

  3. Ao plano concreto pertencem as características negativas da vida do personagem.

  4. Apesar do sonho e das lembranças, existem elementos no texto que situam o personagem num ambiente real.

  5. Ao plano concreto pertence todo o ambiente que cerca o personagem.

179. (FUVEST-SP)

"Só em torno de 30, e depois, o Brasil histórico e concreto, isto é, contraditório e já não mais mítico, seria o objeto preferencial de um romance neo-realista e de uma literatura abertamente política. Mas ao longo dos anos propriamente modernistas, o Brasil é uma lenda sempre se fazendo." (Alfredo Bosi, Céu, Inferno).

Aceitando o que afirma o texto, poder-se-ia coerentemente completá-lo com o seguinte período.

  1. "Legendário é o coronel do cacau de Jorge Amado, tanto ou mais que o senhor de engenho de José Lins do Rego."

  2. "É assim que se deve reconhecer o modo pelo qual se opõem as narrativas de Graciliano Ramos e as de Clarice Lispector."

  3. "Em sua obra-prima ficcional, Macunaíma, Mário de Andrade veio a recusar esse país mítico-lendário, abrindo aquela vertente neo-realista."

  4. "Se na fase modernista mais impetuosa a personagem Macunaíma deu o tom, na subseqüente deu-o o nordestino de Graciliano Ramos e de José Lins do Rego."

  5. "Veja-se, como ilustração dessa passagem, que a saga regionalista de um Erico Verissimo deu lugar ao universalismo da ficção de Clarice Lispector."

180. (FUVEST-SP) Costuma-se reconhecer que a obtenção de verossimilhança (capacidade de tornar a ficção semelhante à verdade) é a principal dificuldade artística inerente à composição de São Bernardo. Essa dificuldade decorre principalmente:

  1. da mistura de narrativa psicológica, individual, com intenções doutrinárias, políticas e sociais.

  2. da junção do estilo seco, econômico, com o caráter épico, eloqüente, dos fatos narrados.

  3. do caráter inverossímil da acumulação de capital na zona árida do Nordeste.

  4. da incompatibilidade de base entre o narrador-personagem e Madalena, que torna difícil crer em seu casamento.

  5. da distância que há entre a brutalidade do narrador-personagem e a sofisticação da narrativa.

181. (PUC-RS) O conjunto de novelas de João Guimarães Rosa, publicado em 1956, aparece sob o título:

  1. Corpo de baile.

  2. Sagarana.

  3. Primeiras estórias.

  4. Estas estórias.

  5. Grande sertão: veredas.

182. (FUVEST-SP)

"Será que eu enriqueceria este relato se usasse alguns difíceis termos técnicos? Mas aí que está: esta história não tem nenhuma técnica, nem de estilo, ela é ao deus-dará. Eu que também não mancharia por nada deste mundo com palavras brilhantes e falsas uma vida parca como a da datilógrafa."

(Clarice Lispector, A hora da estrela)

Em A hora da estrela, o narrador questiona-se quanto ao modo e, até, à possibilidade de narrar a história. De acordo com o trecho acima, isso deriva do fato de ser ele um narrador:

  1. iniciante, que não domina as técnicas necessárias ao relato literário.

  2. pós-moderno, para quem as preocupações de estilo são ultrapassadas.

  3. impessoal, que aspira a um grau de objetividade máxima ao relato.

  4. objetivista, que se preocupa apenas com a precisão técnica do relato.

  5. autocrítico, que percebe a inadequação de um estilo sofisticado para narrar a vida popular.

183. (UEBA) Leia atentamente os trechos abaixo:

  1. Poeta modernista da 3a Geração, criou uma "poesia substantiva" em que da palavra se retiram os resíduos sentimentais. É autor do antológico poema Morte e vida severina.

  2. Ficcionista da Geração de 45 do Modernismo brasileiro, criou uma obra com timbre personalíssimo em que se destacam o uso intensivo da metáfora insólita, a entrega ao fluxo da consciência e a ruptura com o enredo factual. Entre tantos, escreveu Laços de família.

Estamos falando, respectivamente, de:

  1. João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector

  2. Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.

  3. Murilo Mendes e Rachel de Queiroz.

  4. Jorge de Lima e Lígia Fagundes Telles.

  5. Vinícius de Moraes e Adélia Prado.

184. (F. Objetivo-SP) Considere o texto:

"Posições do corpo

Sob o azulsubsol

sobre o azulsubsolo

subazul"

(Cassiano Ricardo)

Todas as características que seguem encontram-se no poema acima, exceto:

  1. aproveitamento do espaço concreto, em que a palavra se dimensiona visualmente.

  2. presença de sintaxe antidiscursiva, suprimidos os elementos de ligação tradicionais da frase.

  3. incorporação de temas e formas do folclore, numa aproximação com ufanismo romântico.

  4. tendência à criação vocabular, à sintaxe apurada e à maior concisão de linguagem.

  5. técnica da repetição, como elemento decisivo para a fixação da mensagem nuclear do poema.

185. (FESP-PE) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.

Coluna 1

1. Clarice Lispector

2. Osman Lins

3. Cecília Meireles

4. Rachel de Queiroz

5. Erico Verissimo

Coluna 2

( ) Painel épico da formação da civilização gaúcha. O tempo e o vento é um clássico que consagrou o nome do seu autor como um dos grandes romancistas brasileiros.

( ) Escreveu Romanceiro da Inconfidência; "sua linguagem é simples e acessível"; preocupa-se com o tempo, com a solidão e o sentimento.

( )O romance A rainha dos cárceres da Grécia demonstra que o seu autor tendeu tanto para a ficção como para o ensaio.

( ) Em A paixão segundo G.H., analisa uma figura profundamente interessada na sua inter-relação com o cosmo.

( )Chico Bento, D. Inácia, Cordulina são personagens de um dos seus conhecidos romances, e que figura na literatura brasileira regionalista como um dos mais lidos.

A seqüência obtida é:

  1. 3, 1, 4, 5, 2.

  2. 1, 5, 2, 4, 3.

  3. 5, 3, 2, 1, 4.

  4. 3, 1, 4, 2, 5.

  5. 4, 2, 5, 3, 1.

186. (USC) As obras de Clarice Lispector e Cecília Meireles têm em comum:

  1. a forma literária utilizada para manifestarem-se.

  2. a abordagem da problemática humana a nível profundo.

  3. o fato de se destinarem também ao público infantil.

  4. a não filiação radical a nenhuma das correntes modernistas.

  5. a predominância da narrativa introspectiva.

187. (F. Objetivo-SP) O Concretismo, movimento revolucionário na década de 50, que se opôs ao formalismo da poesia brasileira, teve como criadores:

  1. Décio Pignatari, Carlos Drummond de Andrade e Raul Bopp.

  2. Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos.

  3. Augusto de Campos, Cecília Meireles e Cassiano Ricardo.

  4. Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Guilherme de Almeida.

  5. João Cabral de Melo Neto, Cassiano Ricardo e Carlos Drummond de Andrade.

188. (Carlos Chagas-BA) O apelo ao ideograma, ou apenas ao processo ideogramático de composição, a substituição do artesanato pela utilização de elementos plásticos e visuais, enfim, a desvinculação em relação à sintaxe, o poema de duas ou três palavras, reduziram, porém, ao extremo a área lingüística.

Estas palavras problematizam:

  1. a poética de vanguarda, representada pela poesia concreta da década de 50.

  2. a poesia modernista de 22, de que é particular exemplo o poema-piada.

  3. a poesia da geração de 45, universalizante e de apurado esmero formal.

  4. a poética da geração de 30, de temática social e linguagem discursiva.

  5. a poesia do pré-modernismo, oscilante entre as formas tradicionais e as inovadoras.

189. (ITA-SP) Decretando o fim do verso e abolindo (a) (o) ....., esses vanguardistas procuram elaborar novas formas de comunicação poética em que predomine o aspecto material do signo, de acordo com as transformações ocorridas na vida moderna. Nesse sentido, (a) (o) ..... explora basicamente (a) (o) ....., jogando com formas, cores, decomposição e montagem das palavras, etc., criando estruturas que se relacionam visualmente.

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.

  1. sintaxe tradicional, concretismo, significante.

  2. metrificação, poesia-práxis, significado

  3. lirismo, poema-processo, concreto

  4. versificação, neoconcretismo, sonoridade

  5. sintaxe, bossa nova, ritmo.

190. (F.C. Chagas-Ba) Peça de Nélson Rodrigues que se desenvolve em diferentes planos: o da vida real, concreta, objetiva; o da vida da imaginação, desregrada, liberta. Consiste no que se pode chamar de "tragédia da memória" e afirmou-se como um marco do teatro moderno brasileiro. Trata-se de:

  1. Álbum de família

  2. A falecida.

  3. Vestido de noiva.

  4. Navalha na carne.

  5. Beijo no asfalto.

191. (F.C. Chagas-BA)

"... a composição de elementos básicos de linguagem organizados ótico-acusticamente no espaço gráfico por fatores de proximidade e semelhança, como uma espécie de ideologia para uma dada emoção, visando à apresentação direta – presentificação – do objeto." Um poeta identificado com a filosofia desse movimento estético é:

  1. João Cabral de Melo Neto.

  2. Paulo Mendes Campos.

  3. Décio Pignatari.

  4. Geir Campos.

  5. n.d.a.

192. (F.C. Chagas-BA) A pergunta anterior refere-se a qual corrente de vanguarda da literatura brasileira?

  1. poesia-práxis

  2. concretismo

  3. anarco-abstratismo

  4. anarco-antropofágico

  5. poema-processo

193. (UCP-PR) Relacione autor e obra, colocando entre parênteses o número correspondente ao autor:

(1) Guimarães Rosa

(2) Dalton Trevisan

(3) Lins do Rego

(4) Erico Veríssimo

(5) Jorge Amado

( ) Menino de engenho

( ) Cacau

( ) Olhai os lírios do campo

( ) Grande sertão: veredas

( ) O vampiro de Curitiba

  1. 3 - 5 - 4 - 1 - 2

  2. 5 - 3 - 4 - 1 - 2

  3. 4 - 5 - 3 - 1 - 2

  4. 4 - 5 - 2 - 3 - 1

  5. 1 - 3 - 2 - 4 - 5

194. (VUNESP)

"A passagem estreita fora pela barata difícil, e eu me havia esgueirado com nojo através daquele corpo de cascas e lama. E terminara, também eu toda imunda, apor desembocar através dela para o meu passado que era o meu contínuo presente e o meu futuro contínuo."

A quebra da narração tradicional pelo fluxo de consciência – em que os acontecimentos se ligam ou por meio das emoções ou por uma contigüidade estabelecida pelo subconsciente – e o uso reiterado de imagens incomuns na ficção ortodoxa caracterizam, conforme o texto acima sugere, a prosa de:

  1. Jorge Amado, em que o cotidiano se vê reconstruído pela intensa visão lírica.

  2. Graciliano Ramos, que busca captar uma feroz realidade social.

  3. Erico Verissimo, transformada em crônica de costumes da pequena burguesia gaúcha.

  4. Clarice Lispector, de sondagem do eu, da existência, de especulação metafísica.

  5. Lima Barreto, que observa os desmazelos sociais a que estava submetido o homem do início do século.

195. (FCMSCSP) Transcreve-se um poema de José Lino Grünewald:

"Forma

Reforma

Disforma

Transforma

Conforma

Informa

Forma"

Este é um poema escrito dentro dos princípios do Concretismo, movimento poético brasileiro da década de 50, neste século XX.

Escrevemos, a seguir, que no Concretismo:

  1. a poesia não fica apenas no âmbito do consumo auditivo.

  2. à noção de poesia se incorpora um novo elemento: o visual.

  3. o apelo à comunicação não-verbal exerce papel fundamental.

Escreveu-se corretamente em:

  1. I e II apenas.

  2. I e III apenas.

  3. II e III apenas.

  4. I, II e III.

  5. nenhuma das frases.

196. (FCMSCSP) Sobre o mesmo Concretismo referido no enunciado da questão anterior, está errado afirmar que ele:

  1. baseou-se, em sua formulação teórica, nos ensinamentos de Mallarmé, Pound e Joyce.

  2. teria semelhanças, ou seria comparável ao movimento denominado Pau-Brasil, de 30 anos antes.

  3. a brevidade e a concisão de seus poemas retomam a linha evolutiva do poema-minuto, de Oswald de Andrade, na década de 20.

  4. Mário de Andrade foi figura poética de proa e líder do movimento.

  5. indiscutivelmente poético, o Concretismo, se não atingiu a prosa, pelo menos influenciou a música e a pintura.

197. (PUCSP) Alguns cronistas se notabilizaram pelo uso de certos recursos que caracterizassem mais facilmente os dados de sua realidade cotidiana. A criação de tipos humanos foi um desses meios. Assim, figuras como Primo Altamirando, Rosamundo, Osvaldo, Tia Zulmira são personagens que aparecem, freqüentemente, nas crônicas de:

  1. Rubem Braga

  2. Fernando Sabino

  3. Paulo Mendes Campos

  4. Nélson Rodrigues

  5. Stanislaw Ponte Preta.

198. (UA-AM) Expoentes da dramaturgia brasileira, Nélson Rodrigues, Oduvaldo Vianna Filho, Dias Gomes e Jorge Andrade produziram, respectivamente:

  1. Vestido de noiva, Rasga coração, O pagador de promessas e Os ossos do barão.

  2. Ópera do malandro, O assalto, O santo inquérito e O abajur lilás.

  3. Quando as máquinas param, O auto da compadecida, Álbum de família e O rei de Ramos.

  4. Toda nudez será castigada, Navalha na carne, A moratória e Gota d'água.

199. (UCPR) A reação contra a poesia discursiva, a valorização de elementos visuais (espaços em branco, letras, tipos, etc.), o isolamento da palavra, constituem, entre outras, a preocupação do:

  1. Concretismo

  2. Futurismo.

  3. Impressionismo.

  4. Simbolismo.

  5. Romantismo.

(F. Objetivo-SP) Os textos I e II, a seguir, referem-se à questão seguinte.

Texto I

de sol a sol

soldado

de sal a sal

salgado

de sova a sova

sovado

de suco a suco

sugado

de sono a sono

sonado

sangrada

de sangue a sangue

(Haroldo de Campos)

Texto II

negócio

ego

ócio

cio

O

(José Paulo Paes, "Epitáfio para um banqueiro")

200. (F.Objetivo-SP) Sobre os textos I e II, só não se pode verificar:

  1. a presença de uma linguagem enfática e declamatória.

  2. a decomposição da palavra e a exploração das camadas do significante.

  3. a freqüência de assonâncias e repetições de palavras ou fonemas.

  4. a associação do aspecto visual aos demais aspectos da linguagem (fônicos e morfossintáticos).

  5. a utilização de processos que visam a atingir e a explorar o som, a letra impressa, a linha, a superfície da página e outros elementos materiais do significante.

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