1. (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:
(PUC)
Os exercícios 2 a 7 referem-se aos dois capítulos transcritos.
"Capítulo CXXIV
VÁ DE INTERMÉDIO
Que há entre a vida e a morte? Uma curta ponte. Não obstante, se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz danoso ao efeito do livro. Saltar de um retrato a um epitáfio, pode ser real e comum; o leitor, entretanto, não se refugia no livro, senão para escapar à vida. Não digo que este pensamento seja meu; digo que há dose de verdade, e que, ao menos, a forma é pitoresca. E, repito: não é meu."
"Capítulo CXXV
EPITÁFIO
AQUI JAZ
D. EULÁLIA DAMACENA DE BRITO
MORTA
AOS DEZENOVE ANOS DE IDADE
ORAI POR ELA!"
2. (PUC-SP) Identifique e relacione obra e autor dos dois capítulos do texto:
1. Memórias Sentimentais de João Miramar.
2. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
3. Triste Fim de Policarpo Quaresma.
A. Lima Barreto
B. Oswald de Andrade
C. Machado de Assis.
3. (PUC-SP) O capítulo CXXV é, do ponto de vista de sua feitura:
um capítulo perfeitamente romântico, por tratar do tema "morte".
4. (PUC-SP) No romance como um todo, as repetidas interrupções para considerações como essas que são feitas no Cap. CXXIV referindo-se ao narrar, ao leitor, ao narrador, revelam:
5. (PUC-SP) Na frase "(...) se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz danoso ao efeito do livro", os elementos sublinhados denotam referência a, respectivamente:
6. (PUC-SP) "O leitor, entretanto, não se refugia no livro senão para escapar à vida." Nesta frase cria-se uma constelação de alusões diretas, ou indiretas, em vários níveis. Qual delas você considera a menos viável neste romance?
7. (PUC-SP) O capítulo CXXV deve ser visto:
(OSEC) Os trechos I, II e III referem-se às questões 8 a 10.
I - "Passaram-se semanas, Jerônimo agora, todas as manhãs tomava uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha e tragava dois dedos de parati "pra cortar a friagem".
Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar, adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso, resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor, muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último tambor entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros."
II -"O que estou é velho. Cinqüenta anos pelo São Pedro. Cinqüenta anos perdidos, cinqüenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada.
Cinqüenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?
Sol, chuva, noites de insônia, cálculos, combinações, violências, perigos e nem sequer me resta a ilusão de ter realizado obra proveitosa."
III- "Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe "Bruxa".
8. (OSEC) Pelo tratamento dado às personagens pode-se dizer que:
9. (OSEC) Percebe-se a personagem em conflito com os valores do seu mundo:
10. (OSEC) O texto II pertence a:
11. (SANTA CASA) No conto "Um Homem Célebre", ocorre o falecimento da esposa do Pestana, personagem central, compositor que não logra concluir um réquiem para a missa da mulher. "Contentou-se da missa rezada e simples, para ele só. Não se pode dizer se todas as lágrimas que lhe vieram sorrateiramente aos olhos foram do marido, ou se algumas eram do compositor."
Conforme o excerto lembra, na obra de Machado de Assis é comum que o narrador:
12. (SANTA CASA) "O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. "Homo sum", como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente, e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer muito prosaicos, não há poesia".
Com essas palavras, o poeta romântico Álvares de Azevedo valoriza o lado material do ser humano, deixando perceber concepções estéticas que poderiam ser consideradas precursoras da corrente literária:
13. (SANTA CASA) "A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a "Machona", portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo".
O texto permite afirmar que:
14. (UEL) Assinale a alternativa que completa adequadamente a asserção:
O Romantismo, graças à ideologia dominante e a um complexo conteúdo artístico, social e político, caracteriza-se como uma época propícia ao aparecimento de naturezas humanas marcadas por
15. (FUVEST)
I
Porque não merecia o que lograva,
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava.
II
Se a flauta mal cadente
Entoa agora o verso harmonioso,
Sabei, me comunica este saudoso
Influxo a dor veemente;
Não o gênio suave,
Que ouviste já no acento agudo e grave.
III
Da delirante embriaguez de bardo
sonhos em que afoguei o ardor da vida,
Ardente orvalho de febris pranteios,
Que lucro à alma descrita?"
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente:
16. (FUVEST) "Neste despropositado e inclassificável livro (...), não é que se quebre, mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada". Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz reflexões como esta: "o povo, o povo está são: os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo." Trata-se da obra
17. (FUVEST)
I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise.
II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos:
18. (PUCCAMP)
"Cantor das selvas, entre bravas matas
Áspero tronco da palmeira escolho,
Unido a ele soltarei meu canto,
Enquanto o vento nos palmares zune,
Rugindo os longos, encontrados leques."
Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam características da primeira geração romântica:
19 (UFJR) Marque a alternativa correta sobre a obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco:
20 (E. A. LAVRAS) "Vinha o passado e sentava-se num banco, tomando, a fresca ou tomando o luar".
O passado, com sua melancolia, seu saudosismo, sua ternura, seu romantismo, não está presente na seguinte passagem do texto:
21. (F.C.CHAGAS) "O critério de apresentação da obra, colocando em primeiro lugar a parte referente ao indígena, está de acordo com a busca do exotismo que era moda na época.
"A moda que o juízo crítico acima transcrito menciona, a propósito da obra A Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, do pintor Jean-Baptiste Debret, era vigente no período ..... da literatura.
22. (USC) A respeito do Romantismo no Brasil, pode-se afirmar que:
23. (F.C.CHAGAS) O movimento romântico, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adquiriu na literatura brasileira um reflexo extraordinário porque:
24. (FUVEST)
I - "Ah! enquanto os destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos
II -"É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida."
III- "E quando eu durmo, e o coração ainda
Procura na ilusão da lembrança,
Anjo da vida, passa nos meus sonhos
E meus lábios orvalha de esperança!"
Associe os trechos acima com os respectivos movimentos literários, cujas características estão enunciadas abaixo.
Romantismo: evasão e devaneio na realização de um erotismo difuso.
Arcadismo: aproveitamento do momento presente ("carpe diem").
Barroco: efemeridade da beleza física, brevidade enganosa da vida.
25. (F.C.CHAGAS)
"Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá."
Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, o poeta vive um momento marcado por
26. (VUNESP) Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única alternativa incorreta.
"Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Pálida sombra de mulher formosa
Entre nuvens azuis pranteia orando.
É um retrato talvez. naquele seio
Porventura sonhei doiradas noites.
Talvez sonhando desatei sorrindo
Alguma vez nos ombros perfumados
Esses cabelos negros, e em delíquio
Nos lábios dela suspirei tremendo.
foi-se minha visão. E resta agora
Aquela vaga sombra na parede
Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Como de um sonho o recordar incerto."
(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de "Idéias Íntimas". In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira, vol.II, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968, p. 26).
Considerando os aspectos temáticos e formais do poema pode-se vinculá-lo ao segundo momento do movimento romântico brasileiro, também conhecido como "geração do spleen" ou "mal do século."
27. (PUC) Considerado pela crítica brasileira o escritor mais bem dotado de sua geração, Álvares de Azevedo, além das poesias, deixou-nos que obra de prosa narrativa?
28. (U.FORTALEZA)
"Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro."
Os versos acima exemplificam:
29. (F.C.CHAGAS) A poesia confessional e fantasia de Álvares de Azevedo pertence a uma geração romântica situada entre a de
30. (FEI) Numere a coluna da esquerda, de acordo com a coluna da direita, tendo em vista a poesia romântica brasileira:
1. primeira geração
2. segunda geração
3. terceira geração
( ) abolicionismo
( ) condoreirismo
( ) autocomiseração exacerbada
( ) obsessão pela morte
( ) indianismo
( ) nacionalismo
Agora, escolha a alternativa que apresenta a seqüência correta dos numerais:
31. (F.C.CHAGAS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
Quando se fala em ..... na literatura romântica, os nomes ..... não podem ser esquecidos.
indianismo -
abolicionismo -
abolicionismo -
indianismo -
sertanismo -
32. (F.C.CHAGAS) A palavra de Castro Alves seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta à realidade da nação, indignando-se o poeta com o problema do escravo e entusiasmando-se com o progresso e a técnica que já atingiam o meio rural. Esse último aspecto permite afirmar que Castro Alves
33. (AFA) O ideal de liberdade, preconizado por Cecília Meirelles em "Romanceiro da Inconfidência, repete, de certa forma, a temática da poesia social de:
"Agora, peço a você.
Ó caboclo brasileiro,
caboclo ainda cativo,
ler o 'Navio Negreiro'
para ficar informado
do passado cativeiro.
Era um navio maldito,
uma ave de rapina
voando a flor do oceano,
no bojo a gana a assassina
conduzia ouro humano:
a rapa negra era a mina.
Caboclo, não chore não,
não chora quando o poema
apertar-lhe o coração;
se não puderimpe ou gema
ou grite de indignação.
caboclo, este o dilema.
Depois leias as Vozes d'África
com a mesma indignação
contra os senhores de escravos,
ó caboclo do sertão,
o cativeiro de hoje
é o mesmo: cana e algodão."
34. (VUNESP) As quatro estrofes acima constituem trecho de uma obra, publicada em 1952, em que um poeta modernista, autor do longo poema "Invenção de Orfeu", conta à maneira dos poetas populares das feiras nordestinas, a vida e as aventuras de um poeta do romantismo brasileiro. Assinale nas alternativas abaixo aquela que contenha respectivamente:
35. (F.C.CHAGAS) Embora contemporâneos e focalizando, muitas vezes, o mesmo ambiente social, os romances desses dois escritores revelam a distância em que se encontram: um pela capacidade de desmascarar e denunciar certos aspectos profundos recalcados, da realidade social e individual, pode ser considerado um modesto precursor de Machado de Assis; o outro deve sua popularidade ao fato de trazer para o romance justamente o cenário e personagens familiares ao meio fluminense da segunda metade do século XIX.
Trata-se, respectivamente, de
36. (FUVEST) "O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí uma predestinação de uma raça?"
Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor, ......, faz a si mesmo com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais, ao finalizar o romance ........ .
Assinale a alternativa que completa os espaços.
(FUVEST) Texto para as questões 37 e 38:
"Sua ambição literária era, contudo, imensa e pode ser aferida, não só por sua produção romanesca, como pelo projeto gigantesco que delineara de maneira bem significativa, na sua indiscutidíssima introdução ao romance Sonhos d'Ouro. Está fora de dúvida que (o romancista) considerava sua obra como fator primacial da criação realmente orgânica de nossa literatura". (Eugênio Gomes).
37. (FUVEST) O romancista a que se refere o crítico é:
38. (FUVEST) Assinale a opção em que vêm citadas obras do romancista, objeto da questão antecedente.
39. (FUVEST) Lucíola e Senhora; O Gaúcho, Sertanejo; e o Guarani e As Minas de Prata representam na obra de Alencar, de acordo com os seus conteúdos e seus cenários, romances de tipos, respectivamente:
40. (PUC) Nos romances Senhora e Lucíola, José de Alencar dá um passo em relação à crítica dos valores da sociedade burguesa, na medida em que coloca como protagonistas personagens que se deixam corromper por dinheiro. Entretanto, essa crítica se dilui e ele se reafirma como escritor romântico, nessas obras, porque