Questões de 41 a 80

Gabarito

41. (FUVEST) Entre as obras mais comentadas do Visconde de Taunay estão: O Encilhamento, A Retirada da Laguna e, principalmente, o romance:

  1. A Moreninha;

  2. Inocência;

  3. Clarissa;

  4. Rosa;

  5. A Escrava Isaura

42. (U.F.GOIÁS) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias pode-se afirmar que:

  1. contraste entre o bem e o mal próprio dos romances românticos desaparece na figura do ator herói;

  2. personagem Leonardo nasce malandro feito, como em Macunaíma;

  3. Leonardo adquire as características da malandragem por força das circunstâncias;

  4. panorama traçado pelo autor é limitado espaço em que as ações se desenvolvem;

  5. panorama traçado pelo autor é ampliado espaço em que as ações se desenvolvem.

43. (UM-SP) O gosto pela expressão dos sentimentos, dos sonhos e das emoções que agitam seu mundo interior, numa atitude individualista e profundamente pessoal, marcou os autores do:

  1. movimento realista

  2. movimento árcade

  3. movimento romântico

  4. movimento barroco

  5. movimento naturalista

44. (FEI-SP)

"A situação de ..... relativamente à Literatura Brasileira lembra a de Gil Vicente na Literatura Portuguesa: seu teatro parece tão espontâneo quanto o do dramaturgo quinhentista. A peça Juiz de paz na roça pode ser considerada, por isso, o nosso Monólogo do vaqueiro".

No fragmento acima, o crítico Massaud Moisés comenta o grande expoente do teatro romântico brasileiro, que é:

  1. Gonçalves Dias.

  2. Gonçalves de Magalhães.

  3. Martins Pena.

  4. Dias Gomes.

  5. Artur Azevedo.

(PUCCAMP) Da questão 45 a 49, você vai usar o texto abaixo.

Texto crítico

"Embora seja importante indagar das razões por que público brasileiro dos anos de 1870 avidamente leu e com entusiasmo aplaudiu "A Escrava Isaura", razões que encontram o principal motivo em onda então crescente de sentimento abolicionista – convenhamos em que muito mais importante o comportamento desse público é, para a crítica, a natureza desse romance.

Mesmo lido com simpatia, "A Escrava Isaura" não resiste à crítica. Seu enredo resulta em ser inverossímel, tais e tantos são os expedientes primários do Autor, usados para conduzir por determinados caminhos e para desenlace preestabelecido: em freqüentes ex-abruptos, mudam os sentimentos dos protagonistas com relação à bela e desditosa Isaura, e assim de protetores se transformam de pronto em pérfidos algozes, servindo à linha dramática premeditada pelo ficcionistas; não menos precipitada e artificialmente se engendram e desenrolam as situações ou episódios concebidos sempre com a intenção de marcar "passus" da vida "crucis" da desgraçada heroína, que, por fim, mais arrastada pelo autor que pelas forças do drama que vive, encontra no alto do seu calvário, ao invés do sacrifício final (o que teria dado ao romance verossimilhança e força), a salvação e a felicidade de extrema.

Tão primário e artificial quanto enredo que domina a obra, dando-lhe típica estrutura novelesca ou romanesca, é, não digo a concepção, mas o modo de conduzir personagens: Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, Álvaro, Belchior, André, o Dr. Geraldo, Martim e Miguel, se têm peculiaridades físicas e morais que os caracterizam suficientemente e os individualizam na galeria das personagens da ficção romântica, se ocupam posições bem "marcadas" no palco dos acontecimentos, decomposto em dois cenários (uma fazenda de café da Baixada Fluminense e o Recife), não chegam contudo, a receber suficiente estofo psicológico: daí a impressão que deixam, não apenas de símbolos dramáticos quase vazios, senão que também títeres (vá lá a cansada imagem) conduzidos pelo autor, para esta ou aquela ação indispensável, a seu ver, às suas principais intenções".

(Antônio Soares Amora, "O Romantismo", vol. II da A Literatura Brasileira).

45. (PUCCAMP) Segundo o texto:

  1. "A Escrava Isaura" consagrou-se como um bom romance por causa da aceitação que teve entre o público leitor de 1870.

  2. "A Escrava Isaura" não é um bom romance porque o público leitor de 1870 o leu avidamente e o aplaudiu com entusiasmo.

  3. leitor deve ter muito cuidado ao ler ou aplaudir um romance, pois poderá consagrar uma obra medíocre.

  4. "A Escrava Isaura" não é um bom romance para a crítica, embora o público o haja lido com entusiasmo, movido pelo sentimento abolicionista.

  5. "A Escrava Isaura" não pode ser considerado um bom romance por causa do sentimento abolicionista.

46. (PUCCAMP) Antônio Soares Amora diz-nos, no texto, que:

  1. a crítica, ao avaliar um romance, baseia-se na natureza da obra e não simplesmente nas reações do público leitor;

  2. a crítica ataca os romances que cativam a simpatia e o entusiasmo dos leitores;

  3. Bernardo Guimarães, ao escrever seu romance "A Escrava Isaura", não se preocupou com a crítica e, sim, com a Abolição;

  4. é muito difícil a crítica avaliar romances de grande popularidade e aceitação;

  5. romance da natureza é para a crítica muito mais importante do que o comportamento do público leitor.

47. (PUCCAMP) Ainda, de acordo com o texto:

  1. enredo inverossímel de "A Escrava Isaura" resulta de um autor primário que se perde nos caminhos escolhidos para um fim determinado;

  2. os protetores de Isaura transformam-se em seus algozes, crucificando-a no final do romance;

  3. os recursos empregados pelo Autor forçam um defeso preestabelecido;

  4. a parte mais inverossímel do romance é a que assinala os "passus" da "via crucis" de Isaura;

  5. embora reconhecesse a inverossimilhança do drama, o autor via nela a salvação e felicidade extrema da heroína.

48. (PUCCAMP) De texto concluímos que:

  1. de tal modo os episódios de "A Escrava Isaura" são dominados pela precipitação e artificialidade, que a ação resulta muito mais da inserção do Autor do que das forças do conflito;

  2. a típica estrutura novelesca de "A Escrava Isaura" caracteriza-se pelo desenvolvimento do enredo, pela concepção das personagens e pelo desfecho;

  3. em "A Escrava Isaura" o Autor vive um drama cujas forças o arrastam a um calvário onde encontra, em vez do sacrifício final, a sua felicidade;

  4. a bela e desditosa Isaura muda os sentimentos dos protagonistas, levando-os ao sacrifício final, no alto do calvário;

  5. para a heroína é muito mais importante encontrar a salvação e a felicidade extrema do que o sacrifício final, no alto do Calvário.

49. (PUCCAMP) O texto afirma que:

  1. as personagens Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, Álvaro, Belchior, Dr. Geraldo, Martim e Miguel são suficientemente caracterizados física, moral e psicologicamente;

  2. uma falha comparável no primarismo e artificialidade do enredo é a concepção das personagens de "A Escrava Isaura';

  3. as personagens títeres cansam o leitor, à medida que o Autor as conduz a esta ou àquela ação indispensável ao enredo;

  4. as personagens, conduzidas de modo primário e artificial, sem profundidade psicológica, são como fantoches nas mãos do Autor;

  5. sem o artificialismo das personagens, "A Escrava Isaura" teria resistido à crítica.

50. (UFPI) Em que alternativa o conjunto de obras é de José de Alencar?

  1. As Minas de Prata, O Gaúcho, Senhora.

  2. A Mortalha de Alzira, Encarnação, A Pata da Gazela

  3. Lucíola, A Retirada da Laguna, Sonhos d'Ouro

  4. Seminarista, A Luneta Mágica, O Tronco do Ipê

  5. Moço Loiro, Iracema, A Escrava Isaura

51. (ITA-SP) O tema do excerto abaixo relaciona-se à representativa tendência de um determinado estilo literário. Assinale, então, a opção cujos autores pertencem à tendência e ao estilo em questão:

"Amei-te sempre: – e pertencer-te quero

Para sempre também, amiga morte.

Quero o chão, quero a terra - esse elemento

que não se sente dos vaivéns da sorte."

  1. Casimiro de Abreu, Visconde de Taunay, José de Alencar.

  2. Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Junqueira Freire.

  3. Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama.

  4. Castro Alves, Gonçalves Dias, Manuel Antônio de Almeida.

  5. Gregório de Matos, Padre Vieira, Bernardo Guimarães.

52. (UECE) Sobre José de Alencar é correto afirmar:

  1. Focaliza, em suas personagens, os traços mais objetivos dos caracteres, em termos de paixões, virtudes e defeitos morais, pelos quais a sociedade é freqüentemente responsabilizada, como se vê, por exemplo, em Lucíola.

  2. Alcança sua maior glória com o romance histórico, que lhe deu oportunidade de pesquisar fielmente o passado nacional e fugir da observação da vida contemporânea, cujo aspecto urbano sempre evitou retratar.

  3. Mesmo sem abandonar definitivamente as soluções românticas para os problemas dos heróis, revelou grande capacidade de denunciar certos aspectos profundos da realidade social e individual, e, nesse sentido, pode ser considerado um precursor de Machado de Assis.

53. (PUC-MG) Os fragmentos abaixo, retirados de obras da Literatura Brasileira, caracterizam a ideologia criada pelo Indianismo, exceto:

  1. "(...) No Guarani o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas..."

  2. "(...) Os tupis desceram para serem absorvidos. Para se diluírem no sangue da gente nova. Para viver subjetivamente e transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu grande sentimento de humanidade."

  3. "(...) Criaturas de Deus, de bons corpos e bom espírito, ainda sem religião e educáveis no bem ou no mal. Seria fácil trazê-las de sua virtude natural à virtude consciente do Cristianismo, para sua eterna salvação."

  4. "(...) Era Peri. Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos de vingança."

  5. "(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de Antônio de Mariz."

54. (FUVEST-SP) "A identificação da natureza com o sofrimento humano, a tragédia perene do amante rejeitado, o jovem andarilho condenado à vida errante em sua curta eternidade, a solidão do artista. E, enfim, a resignação e a reconciliação – ressentidas um pouco, por certo."

O texto acima enumera preferências temáticas e concepções existenciais dos poetas:

  1. barrocos.

  2. arcádicos.

  3. românticos.

  4. simbolistas.

  5. parnasianos.

55. (FUVEST-SP) Sobre o romance indianista de José de Alencar, pode-se afirmar que:

  1. analisa as reações psicológicas da personagem como um efeito das influências sociais.

  2. é um composto resultante de formas originais do conto.

  3. dá forma ao herói amalgamando-o à vida da natureza.

  4. representa contestação política ao domínio português.

  5. mantém-se preso aos modelos legados pelos clássicos.

56. (UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos românticos, correspondia, também, à liberdade formal – esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros literários e o conseqüente abandono da hierarquia clássica que os presidia. Como conseqüência, no Brasil:

  1. Observa-se um detrimento da poesia em favor da prosa.

  2. Registra-se o abandono total do soneto.

  3. Verifica-se a interpenetração dos gêneros, o que muito enriqueceu os já existentes, possibilitando o aparecimento de novos.

  4. Ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se pode dizer quanto ao romance e ao teatro.

  5. Usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa poesia.

57. (UFES) A leitura de Lucíola, de José de Alencar, revela a(o):

  1. preferência pelo uso de regionalismos.

  2. visão idealizada da mulher, mesmo em seus aspectos negativos.

  3. sentimento indianista do autor.

  4. preocupação em exaltar a natureza.

  5. descrição materialista e carnal do amor.

58. (UFES) Em relação ao romance Lucíola, de José de Alencar, só não é correto dizer que:

  1. analisa o drama íntimo de uma mulher, dividida entre o amor conjugal e a riqueza material.

  2. é escrito em forma de cartas, que serão reunidas e publicadas pela senhora que aparece no texto.

  3. narrador em 1ª pessoa retrata um perfil de mulher aparentemente mundana e frívola.

  4. protagonista relata, através de sua visão romântica, a sina da prostituição de Lúcia.

  5. autor revela aspectos negativos dos costumes burgueses do Rio de Janeiro de cem anos atrás.

59. (UFPR) Qual das informações sobre José de Alencar é correta?

  1. Alencar inaugurou a ficção brasileira com a publicação de sua obra Cinco minutos.

  2. Alencar foi um romancista que soube conciliar um romantismo exacerbado com certas reminiscências do Arcadismo, manifestas, principalmente, na linguagem clássica.

  3. Alencar, apesar de todo o idealismo romântico, conseguiu, nas obras Lucíola e Senhora, captar e denunciar certos aspectos profundos, recalcados, da realidade social e individual, onde podemos detectar um pré-realismo ainda inseguro.

  4. A obra de Alencar, objetivando atingir a História do Brasil e a síntese de suas origens, volta-se exclusivamente para assuntos indígenas e regionalistas, sem incursões pelo romance urbano.

  5. indianismo de José de Alencar baseou-se em dados reais e pesquisa antropológica, apresentando, por isso, uma imagem do índio brasileiro sem deformação ou idealismo.

60. (UCP-PR) Coube a ..... atingir o ponto mais alto do teatro romântico brasileiro. Numa linguagem simples e correta, retratou os variados tipos da sociedade do século XIX:

  1. Martins Pena.

  2. Procópio Ferreira.

  3. Joaquim Manuel de Macedo.

  4. Machado de Assis.

  5. Cornélio Pena.

61. (UFSCar-SP) Na obra narrativa de José de Alencar nota-se:

  1. que seus personagens são marcados por profunda estrutura psicológica.

  2. um anseio de evasão no tempo e no espaço animado por acentuado egotismo.

  3. um grande menosprezo pelo colonizador branco e pela nobreza portuguesa.

  4. menos precisão e menor participação emotiva no ato de escrever.

  5. um total desligamento entre a realidade humana e a paisagem, que aparece apenas como cenário.

62. (CEETEPS-SP) José de Alencar faz críticas às relações humanas na sociedade carioca da sua época, preocupada apenas com a ostentação e o status que só o dinheiro confere. Em três romances, o autor retrata perfis de mulheres que, embora se defrontem com os homens, em plano de igualdade, são no final, redimidas ou dominadas pelo amor. Trata-se de:

  1. A escrava Isaura, Iracema, D. Guidinha do Poço

  2. Iaiá Garcia, Viuvinha, Inocência

  3. Diva, Lucíola, Senhora

  4. Luzia-Homem, A Moreninha, As asas de um anjo

  5. A pata da gazela, Sonhos d'ouro, Leonor de Mendonça.

63. (UFPA) Marque a única alternativa certa a respeito de Gonçalves Dias e de Martins Pena.

  1. Escreveram peças de teatro rigorosamente de acordo com as leis do teatro clássico.

  2. Deixaram-nos excelentes poemas líricos.

  3. Escreveram peças teatrais em que se constata influência do Romantismo.

  4. Tiveram seus dramas históricos representados, na época, com grande sucesso.

  5. Evitaram em suas peças de teatro o uso de linguagem simples e direta.

64. (UCP-PR) O desejo de morrer e a sentimentalidade doentia são características da poesia do autor de Lira dos vinte anos. Trata-se de:

  1. Gonçalves Dias.

  2. Castro Alves.

  3. Gonçalves de Magalhães.

  4. Casimiro de Abreu.

  5. Álvares de Azevedo.

65. (PUC-RS)

"Era a virgem do mar! na escuma fria

Pela maré das águas embaladas!

Era um anjo entre nuvens d'alvorada

Que em sonhos se banhava e se esquecia!"

A estrofe demonstra que a mulher aparece freqüentemente na poesia de Álvares de Azevedo como figura:

  1. sensual.

  2. concreta.

  3. próxima.

  4. natural.

  5. inacessível.

66. (UFPA) Os poemas de Álvares de Azevedo desenvolvem atmosferas variadas que vão do lirismo mais ingênuo ao erotismo, com toques de ironia, tristeza, zombaria, sensualidade, tédio e humor. Estas características demonstram:

  1. a carga de brasilidade do seu autor.

  2. a preocupação do autor com os destinos de seu país.

  3. os aspectos neoclássicos que ainda persistem nos versos desse autor.

  4. ultra-romantismo, marcante nesse autor.

  5. aspecto social de seus versos.

67. (UFRN) Sobre Gonçalves Dias, é correto afirmar:

  1. natural do Ceará, escreveu obras indianistas como A Confederação dos Tamoios e Ubirajara.

  2. poeta gaúcho, destacou-se, dentro do Romantismo, pela poesia lírica e sentimental como, por exemplo, Lira dos Vinte Anos e A Noite na Taverna.

  3. poeta maranhense, um dos principais representantes do Romantismo, escreveu poesias sentimentais e poemas de enaltecimento do índio como, por exemplo, Timbiras.

  4. natural de Minas Gerais, foi um dos representantes do Pré-Modernismo ao escrever Inspirações do Claustro.

  5. poeta paulista, pertencente ao Parnasianismo, ficou famoso com a obra Conferências Literárias.

68. (UFRN) O emotivo predomina sobre o racional e as personagens de ficção possuem características extraordinárias. Foi um movimento que teve início, no Brasil, com a obra Suspiros Poéticos e Saudades. Essa escola literária se identifica com:

  1. Romantismo – José de Alencar - Iracema

  2. Realismo – Raul Pompéia – O Ateneu.

  3. Naturalismo – Aluísio Azevedo – O Cortiço.

  4. Realismo – Jorge Amado – Fogo Morto.

  5. Naturalismo – Aluísio Azevedo - Jubiabá.

69. (UFES)

"Minha terra não tem palmeiras...

E em vez de um mero sabiá,

Cantam aves invisíveis

Nas palmeiras que não há."

(Mário Quintana)

O texto deve ser considerado uma:

  1. reafirmação da estética romântica e seus principais dogmas.

  2. negação da estética romântica, questionando seu olhar que se detém mais na paisagem que no social.

  3. paródia de um texto de Oswald de Andrade, que assim se inicia: "minha terra tem palmares/ Onde gorjeia o mar.".

  4. releitura acrítica da célebre "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.

  5. releitura não crítica das estéticas nacionalistas e sentimentalistas.

70. (FAU-SP) O indianismo de nossos poetas românticos é:

  1. uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça brasileira.

  2. um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.

  3. um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.

  4. um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.

  5. uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.

71. (U.F. Juiz de Fora-MG) Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são verdadeiras. Exceto:

  1. expressão do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do Brasil.

  2. análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.

  3. desenvolvimento do teatro nacional.

  4. expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.

  5. caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.

72. (OSEC-SP) A época romântica caracteriza-se por ser:

  1. lusófoba e nacionalista.

  2. de influência inglesa.

  3. atéia e influenciada pelo positivismo.

  4. carente de bons poetas.

73. (FMABC-SP) Assinale a alternativa em que se encontram três características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:

  1. predomínio da razão, perfeição da forma, imitação dos antigos gregos e romanos

  2. reação anticlássica, busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação

  3. anseio de liberdade criadora, busca de verdades absolutas e universais, arte pela arte

  4. desejo de expressar a realidade objetiva, visão materialista do universo

  5. preferência por temas medievais, rebuscamento de conteúdo e de forma, tentativa de expressar a realidade inconsciente.

74. (UNESP-SP)

"lá?

ah!

sabiá...

papá...

maná...

sofá...

sinhá...

cá?

bah!"

O poema acima, do poeta contemporâneo José Paulo Paes, alude parodisticamente ao poema:

  1. "Voz do poeta", de Fagundes Varela

  2. "As pombas", de Raimundo Correia

  3. "Círculo vicioso", de Machado de Assis

  4. "Canção do exílio", de Gonçalves Dias

  5. "Meus oito anos", de Casimiro de Abreu

75. (VUNESP-SP) Leia com atenção os textos a seguir:

1.

"Triste Bahia! Ó quão dessemelhante

Estás e estou do nosso antigo estado!

Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,

Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te máquina mercante,

Que em tua larga barra tem entrado,

A mim foi-me trocando, e tem trocado,

Tanto negócio e tanto negociante."

2.

Prólogo

"Amigo leitor, arribou a certo porto de Brasil, onde eu vivia, um galeão, que vinha das Américas espanholas. Nele se transportava um mancebo, cavalheiro instruído nas humanas letras. Não me foi dificultoso travar com ele uma estreita amizade, e chegou a confiar-me os manuscritos que trazia. Entre eles encontrei as Cartas chilenas, que são um artificioso compêndio das desordens que fez no seu governo Fanfarrão Minésio, general do Chile."

3.

Tragédia no lar

"Na senzala, úmida, estreita,

Brilha a chama da candeia,

No sapé se esgueira o vento.

E a luz da fogueira ateia.

Junto ao fogo, uma africana,

Sentada, o filho embalando,

Vai lentamente cantando

Uma tirania indolente

Repassada de aflição

E o menino ri contente...

Mas treme e grita gelado,

Se nas palhas do telhado

Ruge o vento do sertão."

Assinale a alternativa correta:

  1. Os textos 1, 2 e 3 foram escritos respectivamente por autores barroco, árcade e romântico.

  2. Os textos 1, 2 e 3 apresentam características dos movimentos romântico, parnasiano e simbolista.

  3. os textos 1, 2 e 3 foram escritos por autores de diferentes fases do modernismo.

  4. Os textos 1, 2 e 3 pertencem ao mesmo movimento literário e se caracterizam por uma postura satírica.

  5. os textos 1, 2 e 3 são de autoria de Gregório de Matos, Olavo Bilac e Álvares de Azevedo.

76. (UFRS) A produção de Álvares de Azevedo é, no Brasil, a maior expressão:

  1. do culto à natureza

  2. do cientificismo

  3. da arte pela arte

  4. do culto ao "bom selvagem"

  5. do mal-do-século.

77. (FMU/FIAM-SP) O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período a vê de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

  1. um cenário cientificamente estudado pelo homem; a natureza é mais importante que o elemento humano.

  2. um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.

  3. um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emoções humanas.

  4. confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.

  5. um cenário idealizado, onde todos são felizes e os poetas são pastores.

78. (FCMSCSP) A renovação das formas, a liberdade de expressão e a tentativa de incorporar à literatura nossas coisas mais típicas – como particularidades regionais e termos indígenas – são marcas freqüentes do:

  1. Barroco

  2. Arcadismo

  3. Romantismo

  4. Realismo

  5. Pré-Modernismo

79. (OSEC-SP)

"Do tamarindo a flor jaz entreaberta,

Já solta o bogari mais doce aroma,

Também meu coração, como estas flores,

melhor perfume ao pé da noite exala!"

É possível reconhecer, na estrofe acima, um exemplo da corrente:

  1. barroca, pela imagem que evoca a natureza como símbolo da transitoriedade da vida;

  2. arcádica, pois o poeta revela seu amor a uma natureza idealizada;

  3. romântica, pela identificação dos sentimentos humanos com aspectos da natureza;

  4. parnasiana, pela apresentação da natureza como imagem da perfeição;

  5. simbolista, pois a natureza é apenas um recurso que o poeta transcende, atingindo um nível de espiritualidade plena.

80. (UFPA) Na época da independência do Brasil, quando nosso país precisava auto-afirmar-se como nação, entrou em vigência entre nós um estilo de época que, pelos ideais de liberdade que professava através de sua ideologia, se prestava admiravelmente a expressar esses anseios nacionalistas. Tal estilo foi:

  1. Romantismo

  2. Barroco

  3. Realismo/Naturalismo

  4. Modernismo

  5. Neoclassicismo

Previous Next