Uma das propriedades dos advérbios é a formação do grau a partir de um processo de derivação que consiste no acréscimo de sufixos ao radical da palavra (advérbio) ou, ainda, no acréscimo de um advérbio de intensidade (mais, tão... como, menos). Em geral, estão sujeitos a esse tipo de comportamento os advérbios de modo, expressando, assim, uma intensidade maior ou menor em relação a outro(s) ser(es) (grau comparativo) ou uma intensidade maior ou menor em relação à totalidade dos seres (grau superlativo).
Cada um dos graus possui as formas absoluta – quando não existe outro elemento em referência - e relativa – quando se estabelece uma comparação entre os seres. Por sua vez, cada uma das formas indicativas dos graus pode ser representada sob as formas sintética – quando o grau é expressado através de sufixos -, e analítica – quando ao adjetivo/advérbio é acrescentada uma palavra intensificadora.
Em geral, todos os adjetivos e advérbios se apresentam, na forma comparativa relativa, através da estrutura:
Já os adjetivos e advérbios que se apresentam na forma superlativa relativa, o fazem segundo a seguinte estrutura:
Alguns adjetivos e advérbios, porém, possuem formas especiais quando apresentados nas formas dos graus comparativo sintético e superlativo sintético. São eles: bom/bem, mau/mal, grande e pequeno, para cuja apresentação, assumem as seguintes formas:
ADJETIVO | ADVÉRBIO | COMPARATIVO/SUPERLATIVO SINTÉTICO |
bom | bem | melhor |
mau | mal | pior |
grande | maior | |
pequeno | menor |
Essas formas especiais do comparativo e superlativo sintético são obrigatórias, especialmente porque é assumido em uma única palavra a idéia de intensidade do adjetivo e advérbio:
Exemplos:
Adjetivo
Ele é melhor como vendedor do que como dentista. Adequado]
Advérbio
É melhor andar do que correr. [Adequado]
Em geral, esses advérbios na forma sintética aparecem intensificados pelo acréscimo de outro advérbio de intensidade (muito, bem, bastante e etc.).
Exemplos: