É o termo da oração que se associa a outro termo para especificá-lo ou explicá-lo. O aposto tem caráter nominal, ou seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios. Seu emprego é tido como acessório na oração porque o enunciado sobrevive sem a informação veiculada através do aposto.
Exemplos:
...[oração sem aposto]
Meu nome, Espedito, estava definitivamente fora da lista dos aprovados.
...[Espedito: aposto / substantivo próprio = nome]
...[idéia expressada pelo aposto: especificação (do sujeito)]
...[oração sem aposto]
Nas festas de Santo Antônio, santo casamenteiro, as pessoas faziam promessas.
...[santo casamenteiro: aposto / núcleo: substantivo = nome]
...[idéia expressada pelo aposto: explicação (do adjunto adnominal)]
Na língua portuguesa o aposto costuma vir acompanhado de uma pausa expressada através da vírgula ou do sinal de dois pontos. No entanto, o uso da pontuação para marcar a posição do aposto na sentença não é obrigatório. Trata-se de uma elegância textual, para a qual a utilização, especialmente das vírgulas, torna o aposto mais destacado.
Exemplos:
...[aposto não separado por vírgulas]
...[aposto separado por vírgulas]
...[aposto introduzido pelos dois pontos]
É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto adnominal, já que o aposto pode ser introduzido por meio da preposição de. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem sempre o substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto adnominal pode ser representado por um adjetivo. Uma maneira prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar o segmento num adjetivo. Se a operação tiver sucesso, tratar-se-á de um adjunto adnominal.
Exemplos:
...[de fora > externo = adjunto adnominal]
As paredes externas estão sendo pintadas agora.
...[da República: aposto]
Uma oração inteira também pode exercer a função de aposto. Nesse caso ela recebe o nome de oração subordinada substantiva apositiva:
...[aposto associado ao núcleo do objeto indireto "futebol"]