O verbo "preferir" é um verbo transitivo direto e indireto, portanto rege a preposição "a".
A regência verbal é determinante na construção correta de expressões formadas com o verbo "preferir". Embora na língua coloquial empregue-se o termo "do que" em lugar da preposição "a", quando há relação de comparação, a regência adequada da língua culta ainda exige a presença do "a" preposicional.
Exemplos:
Meus alunos preferem o brinquedo ao livro. [Adequado]
...[objeto direto: o brinquedo]
...[objeto indireto: ao livro]
O pequeno infante preferiu marchar a esperar pelos ataques. [Adequado]
...[objeto direto: marchar]
...[objeto indireto: a esperar]
A razão do emprego inadequado do termo "do que" nesse tipo de construção se deve ao processo de assimilação de expressões comparativas do tipo:
A palavra "mais", nesse caso, caiu em desuso, porém o segundo termo da comparação ("do que") ainda permanece, gerando a confusão quanto à regência: o verbo preferir rege tão só a preposição "a" e não o termo "do que".