A concordância nominal, obrigatória em língua portuguesa, procura colocar em harmonia nomes e determinantes. Já a concordância verbal, também obrigatória na língua, busca a harmonia entre o verbo e o seu sujeito.
As palavras ou expressões que indicam horas apresentam particularidades na sua construção. Geralmente esse tipo de construção é formado:
Nas orações em que a palavra "relógio" ou similares ("sino", por exemplo) estiver omitida, o verbo "soar", "bater" e "dar" deve concordar com o número das horas indicado na oração.
Exemplos:
Todos concordavam: soavam duas horas da tarde. [Adequado]
No meu relógio já deram quatro horas de atraso. [Adequado]
O sujeito dessas orações é a palavra "horas", embora a idéia do marcador de tempo (relógio, sineta, sino e etc.) esteja embutida na expressão. Por isso, no exemplo (2) não se deve confundir a palavra "relógio" que, nesse caso é um adjunto adverbial de lugar, com o sujeito do verbo "dar". Observe agora que, quando o marcador de tempo vem expresso na oração, os verbos tratados aqui devem concordar com a palavra que exprime esse marcador e não mais com a palavra "horas".
Exemplos:
Muito tempo depois meu relógio deu oito horas da manhã. [Adequado]
Os sinos da igreja bateram uma hora certinha! [Adequado]